Era uma noite
muito fria em BredFord. Fazia um frio tremendo nas ruas, um vento gelado sobrava
por todos os lados. Eu não ousei nem se quer querer saber a que temperatura as
ruas estavam, eu apenas pensava em chegar em casa. Mesmo de botas, meia calça,
sobretudo e touca, eu tremia de frio, sentia meu nariz gelar a cada inspiração. Desejei ter braços a minha volta. Calor humano, era do que eu precisava e isso me
fez lembrar o que me aguardava em casa. Sorri imaginando o que Zayn poderia
estar fazendo.
Cheguei ao nosso apartamento e adentrei, fechando a porta
rapidamente. O ar de dentro do apartamento estava quente, reconfortante,
aconchegante. Respirei fundo, feliz por estar em casa.
– Zayn? – perguntei ao notar que ele não
estava na sala assistindo TV, como de costume sempre que eu chegava, ou na cozinha.
Tirei meu casaco,minha bolsa e os pendurei no cabide que havia no vão, ao lado
da porta.
Andando em direção ao nosso quarto, tirei as botas e minha touca, largando-as pelo caminho. Aproximando-me da porta, podia ouvir o barulho do chuveiro
ligado.
Ele estava no banho.
– Zayn? – chamei novamente.
– Amor, você demorou! – ele grita do banheiro.
– Desculpa, dia cheio hoje. Com esse tempo
as pessoas têm mais preguiça ainda de trabalhar!
– Imagino. Está muito frio lá fora? – escuto o registro fechar e a porta do box ser aberta.
– Pior que está! Quase congelei no caminho até
aqui. – disse enquanto me livrava de partes da minha roupa de trabalho. Tirei
a meia calça, a saia que usava, depois o blazer e os joguei próximo ao cesto de
roupas sujas que ficava no canto do quarto. De frente á penteadeira, tirei
a presilha do meu cabelo e o soltei, bagunçando-o e me sentindo assim,
um pouco mais livre. Eu desabotoava a camisa, me preparando para ir tomar um
banho quando Zayn abriu a porta do banheiro, saindo de lá vestido em seu roupão
verde claro, fechado apenas pelo laço do cordão. Eu o observei vir em minha
direção. Ele esfregava uma toalha pequena no cabelo úmido. Mal se secara e já vestira o roupão.Notei porque ainda lhe restavam
gotas espalhadas pelo corpo.
Chegando mais perto, ele pôs a toalha na cadeira ao
lado da penteadeira, pôs uma mão de cada lado do meu corpo, apoiando-as na
penteadeira, me deixando assim entre seus braços.
– O meu banho estava bem quente, aliás estou
quente ainda. – ele sorriu torto pra mim, depois mordendo os lábios, me olhando
de cima a baixo – Se quiser eu te esquento um pouco. – ele colou sua testa na
minha, me olhou nos olhos e sustentou nosso olhar por um tempo, esperando uma
reação minha.
Arfei em resposta. Ele enlaçou minha cintura com um braço, com o
outro, levou sua mão até minha blusa e a desabotoou de baixo pra cima. Observava seus
movimentos, me animando.
Sua pele estava verdadeiramente quente, devido ao banho
e o toque dela sobre a minha pele fria, me causava arrepios em áreas sensíveis,
áreas bem sensíveis. Eu o ajudei a terminar de me despir e trocamos de
posição. Ele ficando encostado na penteadeira comigo em sua frente.
Ele me
segurou com uma das mãos pela nuca e com a outra em minha cintura, me trouxe
para perto de si e assim começamos um beijo. No inicio foi suave, ele ergue a
mão que pairava sobre minha cintura até meu rosto, o acariciando. Fechei os
olhos separei os lábios, permitindo-o passagem. Ele depositou beijos em minhas
bochechas, depois descendo até meu pescoço, sua boca por onde passava, deixava
um rasto úmido e quente sobre a minha pele que estava fria devido ao tempo. Ele
voltou a sua atenção á minha boca, entrelaçando agora suas mãos em meus
cabelos. Ele me segurava firme e seus beijos eram urgentes, intensos, quentes.
Respondendo a seus beijos, passei minhas mãos por dentro do seu roupão, arranhando-o de leve. Senti que ele se encolheu quando desci uma das mãos pelo roupão, até ter
seu membro em palma. Ele gemeu entre meus lábios e soltei um leve risadinha.
– Mmmm... – falei mordendo meus lábios. Abri os
olhos e o encarei – O badboy tá com medinho? – perguntei
sarcástica.
Ele sorriu. Aquele sorriso safado que só ele
sabia reproduzir e voltou a me beijar, segurando-me mais firme, ainda pelos
cabelos. Voltei a alisa-lo e a cada movimento meu em seu membro, ele respirava
mais pesadamente, me apertava mais ainda contra ele, gemia. Quando ele
finalmente não mais resistiu, me virou contra a parede bruscamente.
Percebi que
meu corpo estava quente pelo contato com a parede fria, afinal, roupa eu já não
usava mais. E foi quando me dei conta do que acontecia.
Zayn veio em minha
direção, tirando por completo o seu roupão, me dando visão total do seu corpo.
Era pecado comparar aquilo a qualquer coisa divina, ou semelhante a um paraíso. Aquilo era perverso, maligno, quente. Eu podia até imaginar como era a sensação
de tê-lo dentro de mim apenas por olhar. Mordi meus lábios, controlando um
gemido, mas não pude me conter em suspirar. Ele finalmente colou nossos corpos
contra a parede, pondo as mãos na mesma e me mantendo entre os seus
braços.
– Provocar um badboy é perigoso, (S/N). Você
não sabia disso? – ele falava sério, mas sexy. Sua voz, apenas ela, já me levava
a um nível de loucura irracional. Imagine tê-lo, ali, agora?
Ele fitava minha
boca, meus seios, lambendo os próprios lábios, aquilo era injusto comigo, era
muita provocação e ele sabia que assim, me teria para o que quisesse.
– Eu gosto de perigo. – ele levantou o olhar,
de uma só vez, me encarando, sorrindo perverso. Se na mitologia grega existisse
um Deus do sexo, ele seria o Zayn. Ele era provocação, desejo, vontade,
ganancia... Ele era prazer, em um simples olhar. Não era possível resistir a aquilo,
e eu não queria resistir. Foi quando ele me ergueu pela cintura, e me jogou na
cama. Fui me direcionando até o alto da cabeceira e ele veio me acompanhando, sem
tirar seu olhar feroz dos meus olhos, parecia que brincávamos de pega - pega, e
eu queria que ele me pegasse. Quando encostei-me na cabeceira da cama, ele
parou, ainda no meio dela. Eu congelei, ele sempre fazia algo de que eu nem
pudesse imaginar ser feita, e dessa vez não foi diferente.
– Não adianta, você não vai escapar. – ele me
disse lançando uma piscada de olhos.
– E quem disse que eu quero?
Ele então pegou em meus tornozelos e me puxou
pela cama, até que eu me encaixasse nele. Eu arfei e ele riu. Ele então desceu
seu rosto, até ficar próximo ao meu e acariciou gentilmente. Ele conseguia ser
provocante, doce, sexy, romântico, ao mesmo tempo.
Como? Eu não sei dizer, só
sei que era tudo o que eu precisava. Ele.
Voltamos a nos beijar, ele mantinha seu corpo
colado ao meu e mesmo em cima de mim, ele mantinha o braço apoiado na cama,
mantendo o peso do seu corpo ali. Vez ou outra ele passeava suas mãos pelo meu
corpo, vez ou outra ele apertava meus seios já expostos, levando-os até sua
boca. Sua língua quente beijava-os e mordiscava sem pudor. Eu os sentia
enrijecer. Já não mais controlava minha respiração. Surpreendendo-me, ele desceu sua boca
por minha barriga, passando as mãos pelo meu quadril quando finalmente chegou a
minha cavidade. Em momento algum ele me soltou, manteve suas mãos ali, em meio a
minha cintura e quadril, como se fosse pra me segurar, independente da reação que eu
viesse a ter.
Ele então se encaixou entre minhas penas e em instante me
tomou pra si. Ele sabia o que fazia, os movimentos de sua língua em minha
feminilidade estavam me possuindo de um jeito inimaginável. Eu tentava me
contorcer, de prazer claro, mas quando tentava, sentia as suas mãos me
segurarem firme pela cintura, me imobilizando. Ele realmente estava disposto a
me torturar. Ele se manteve ali por um tempo, fazendo um belo trabalho, eu já
estava completamente em estado de êxtase. Qualquer movimento que ele quisesse
fazer em meu corpo, me levaria a loucura.
Como se pudesse ler meu pensamento,
ele se moveu e mordeu a minha coxa. Eu tentei gemer, mas aquilo foi tão
inesperado, que eu apenas me encolhi e abri a boca sem emitir som algum. Ele
riu. O cachorro estava se divertindo ás minhas custas, mas eu não me importava com
o futuro roxo que ali estaria pela manhã. Só me importava em aproveitar o quanto
podia. Zayn nem sempre se soltava assim, mas quando fazia, era inexplicável.
Ele voltou a passar suas mãos pelo meu quadril, barriga, cintura, fazia questão
de cobrir cada centímetro do meus corpo com suas mãos. Voltando seu rosto á
mim, ele se posicionou entre minhas pernas, passando uma de cada lado do seu
quadril. Ele me encarava com um sorriso no rosto, eu não fazia ideia de qual
expressão meu rosto transparecia, eu me sentia corar, ficar quente, apenas dele
me olhando. E do jeito que estávamos, eu deveria estar com feição de quem
estava dopada, e eu estava. De prazer.
Eu senti a ereção do seu membro roçar na
minha cavidade, eu mal podia esperar. Queria Zayn logo de uma vez. E foi quando
finalmente ele introduziu tudo em mim, de uma só vez, do jeitinho que que eu implorava mentalmente. Gemi alto ao sentir tudo
aquilo dentro de mim. Impulsionei meu corpo pra frente, segurando em seus ombros
e cravando minhas unhas em tal. Ele arfou e deu um tempo até que eu me
acostumasse com seu membro em mim. Eentão começou a fazer um movimento de vai e
vem, de leve. A sensação era indescritível, o corpo dele estava extremamente
quente, cada parte dele pulsava contra a mim. Penso que até era possível, que
nossos corpos, juntos, fossem mais quente que fogo no momento.
Entre um
movimento e outro, ele me beijava, mordiscava o lóbulo da minha orelha,
contornava a linha do meu queixo com a língua. Vez ou outra eu abria o olhos, e
o observava. Ele sempre estava a me olhar, em momento algum ele fechava os
olhos, queria ter certeza de todas as sensações que sentia com o que ele fazia a
mim. Corei de imaginar o que se passava por sua mente.
Ele foi acelerando o
ritmo das estocadas, e eu novamente gemi. Em seguida respirando fundo, arfando e
fechando os olhos. O corpo dele estava suado, eu podia sentir quando ele roçava
seu peito contra o meu. Eu enrijeci e ele percebeu que logo chegaria ao meu
ápice, por sorte ele também. Num movimento inesperado, ele segurou em meu braço,
e rolou pela cama, acabei ficando sentada nela. Entendi o que ele pretendia e
comecei a cavalgar em cima dele, com seu membro ainda em mim. Eu pude assisti-lo
gemer e fazer expressões de puro prazer. Zayn cravou os dedos em minha cintura e
me pressionou ainda mais contra seu pênis. Mas eu já estava a ponto de chegar
lá, ele também, mesmo querendo não pude aguentar. Tombei pro lado, mas não antes
de puxa-lo pra cima de mim, eu não tinha mais forçar para fazer algo, isso não o
impedia de continuar. Ele ainda manteve o ritmo das suas estocadas por alguns
minutos.
Como? Eu não faço ideia, mas agradeci. Não queria que aquilo acabasse
tão cedo.
Senti seu membro enrijecer dentro de mim, não demorou
muito até que ele chegasse lá. Era incrível o modo como ele sempre conseguia me
satisfazer, por completo. Eu queria ser capaz de dar esse presente á ele um dia. Satisfação completa.
Ele tombou na cama e ficamos um ao lado do outro, deitados,
acalmando nossas respirações. Ele virou apenas o rosto em minha direção e eu fiz
o mesmo. Ficamos nos olhando um bom tempo. O que pra mim, pareceu uma eternidade.
Ele era
lindo demais. Era a mistura de um humano com um anjo.Deus em alma, humano em
pele. Eu não sei como explicar, mas ele era sim perfeito. Feito por obra divina,
mesmo que fosse pecado conciliá-lo á um Deus ou a algo divino pelo o que acabamos
de fazer.
O mais próximo que eu poderiaa descrevê-lo, era assim. Perfeito, divino.
Ele passou um dos braços por debaixo do meu
pescoço e me puxou para deitar em seu peito. Ele ainda respirava desregulado.
Naquele sobe e desce que seu peito fazia durante sua respiração, eu adormeci,
com ele abraçado a mim.