Capítulo 8

domingo, 13 de julho de 2014







Harry POV

Bia e Sara foram andando tão rápido que eu nem pude fazer algo para impedi-las de irem embora. Dessa vez eu tinha feito a maior burrada de toda a minha vida, dessa vez era sério. Eu perdi a garota que amava por uma besteira mínima, que eu mesmo havia criado. Argh, idiota!

Parei de olhar para os lados e lembrei do carro. Ela tinha dito que ia embora, isso só podia significar que elas com certeza estavam indo pro hotel arrumar as malas.

Tirei a chave do bolso e corri até o estacionamento. Destravei as portas e arranquei pelo centro. Antes mesmo que eu pudesse chegar á metade do caminho, as encontrei andando pela calçada. Buzinei algumas vezes e abaixei o vidro.

H: – Sara! Ei! – buzinei novamente, até ganhar um mísero da sua atenção. Ela continuou andando sem ao menos olhar pra mim.

Abri a porta do carro e desci. Subi até a calçada, Bia tentou entrar na minha frente, mas apenas passei por ela sem me importar.

H: – Para com isso, você precisa me ouvir! – parei em sua frente, segurando seu braço.
S: – Não preciso ouvir mais nada. O que eu vi foi o suficiente. Agora, se me largar...
B: – Chega disso! Ela não quer mais falar com você. Entenda e fim! – disse ríspida e saiu caminhando atrás de Sara.

Passei as mãos pelo cabelo e respirei fundo. Deixei que algumas lágrimas caíssem e entrei no carro. Se eu não esfriasse a cabeça primeiro, tudo só ia dar mais errado do que já estava dando.






Sara POV

Deixei Harry lá e continuei caminhando pela calçada a frente. Minha vontade era de pular em seus braços e dizer que o perdoava porque eu o amava. Mas, depois do que eu vi… Aquilo parecia ter passado. Aquela cena se repetia milhares e milhares de vezes e, ainda por cima, vi ele acelerar em seu carro, sem ao menos olhar para trás. Porque ele era assim? Porque ele tinha feito isso comigo?

Eu só estava certa de uma coisa: Voltaria pro Brasil amanhã mesmo.

Enquanto a Bia, eu não sabia ao certo se ela ficaria aqui ou iria comigo, mas eu estava certa de mim.

S: – Bia, você vai ficar aqui? – perguntei a olhando caminhar com a cabeça baixa.
B: – Eu não vou deixar você voltar pro Brasil, Sara.
S: – Me desculpe, mas… Eu vou voltar pro Brasil.
B: – Por que isso? Meu Deus, você não pode ir por causa do Harry!
S: – Mas não é só pelo Harry! Você percebeu que desde quando eu cheguei aqui as coisas só pioraram? E também as brigas começaram a reinar?
B: – Eu só acho que isso já é precipitado demais.
S: – O pior de tudo é saber que Harry não esta nem aí. – murmurei.
B: – Ele veio atrás de você, Sara. Ele gosta muito de você! Eu vi quando ele entrou chorando no carro.
S: – Harry não é de chorar. E lembre-se que Louis fez o mesmo por você.
B: – Admite que sabe que o Harry gosta de você. Admite logo! Só você que não quer acreditar nisso.
S: – Eu acreditava que ele gostava. Mas… Depois de hoje…

Ouvimos um som de uma buzina. Juntas, olhamos pra trás dando de cara com Niall, Louis e Liam em um carro pedindo para que entrássemos. Olhei pra Bia e ela encarou Louis com um olhar triste e raivoso ao mesmo tempo, enquanto Louis a olhava fixamente, esperando ela entrar.

Liam: – Vamos, entrem!
S: – O que acha, Bia?
B: – Não precisa, estamos quase perto. –  ela segurou minha mão e voltou a andar pela calçada.

O carro andou lentamente seguindo nossos passos. Eles não tinham desistido tão fácil. Aliás, eles não. Louis! Até porque quem estava no volante era exatamente ele.

Louis: – Entre, Bia, por favor! Eu te peço! – suplicou.
B: – Nossa, agora você baixou sua guarda, né, Tomlinson? Que engraçado. – sorriu debochada.
Liam: – Vocês vão andar sozinhas nessa rua, uma hora dessas? – ele disse preocupado.

Ela me olhou disfarçadamente, como se perguntasse se eu queria ir de carona.

S: –  Vamos? – murmurei.
B: – Vai ser o jeito. – disse se sentindo derrotada. – Destrava as portas por favor. – paramos em frente a porta traseira do carro. Pude ver o sorrisinho de Louis, mas ela simplesmente fingiu que não estava vendo.
Z: – Sara, quando chegarmos ao hotel, podemos conversar? – murmurou bem baixo ao meu lado.
S: – Você quer saber mesmo minha resposta, Zayn? – respondi secamente.
Z: – Por favor, nós precisamos conversar. – insistiu.
S: – Conversa com a sua ignorância.

Zayn bufou baixo e virou para a janela. O caminho foi feito em silêncio e ao chegar no hotel, tivemos de entrar rapidamente por conta de algumas fãs na porta.

L: – Bia… Antes de você ir se deitar, nós podemos conversar?
B: – Acho que não, estou muito cansada. – falou apenas e me puxou em direção ao elevador.
L: – Espera! Por favor. – ele segurou seu braço. – Eu estou falando sério e se quiser, eu posso te esperar… Ali na área da piscina. Você me encontra lá?
B: – Já disse que não sei. Vamos Sara! – ela me fez entrar no elevador consigo.
S: – Não, espera. – disse colocando o pé na porta do elevador fazendo com que ela não se fechasse totalmente. – Vai lá conversar com ele, por favor. – falei olhando para Bia.
B: – Mas Sara…
S: – Vai, Bia. – disse a empurrando, apertando o botão e dando um leve aceno com um sorriso no rosto.



Bia POV


Fiquei do lado de fora, vendo a porta se fechando e levando Sara embora. Respirei fundo e olhei pra trás. Louis estava me olhando com um sorrisinho sem graça.

L: – E então?
B: – E então o que? – revirei os olhos.
L: – Vai parar de ser fria comigo e conversar numa boa?
B: – Vai ser rápido? Eu estou com sono.
L: – Tá, tá. Vai ser rápido. – disse com tom de deboche, me puxando pela mão até o lado de fora, onde ficava a piscina.

As luzes externas estavam acesas, havia um silêncio e só alguns vagalumes estavam por ali, sobrevoando algumas plantinhas nos cantos.

Paramos perto de algumas poltronas, não quis sentar e fiquei o esperando falar de pé mesmo, com os braços cruzados.

B: – Hum, fala.
L: – Me desculpa por hoje?
B: – Era isso? – arqueei as sobrancelhas. Antes que eu pudesse ir embora, Louis me segurou pelo braço novamente.
L: – Por que esse gelo todo? Eu não queria ter te magoado, eu juro.
B: – Uhum… – respondi sem muito interesse. A verdade é que eu odiava ficar mal com Louis.
L: – Vai me desculpar? Diz que sim, por favor. – ele deu aquele sorrisinho curto, me puxando com suas mãos até seu peito.
B: – Louis… – amoleci com a falta de ar, estávamos cada vez mais perto.
L: – Um sim, por favor.

Suspirei olhando diretamente para os olhos claros. Eu não podia simplesmente rejeitá-lo, eu estava apaixonada por ele.

L: – Esse silêncio significa um sim. – sorriu e segurou meu queixo com a ponta do seu dedo, aproximando sua boca da minha. Passei minhas mãos para a sua nuca e permiti a passagem da sua língua, que ultrapassou gentilmente, sem pressa.
B: – Isso é jogo sujo. – sorri de canto, separando o beijo.
L: – Jogo sujo seria no meu quarto. – riu malicioso.


Zayn POV

Depois de entrar no quarto, tomei um banho quente e relaxante enquanto pensava em algumas coisas que eu pudesse dizer á Sara e, assim, ela pudesse me desculpar. Não sei se Harry já estava planejando fazer isso, pelo o que eu percebi eles não se deram muito bem hoje na saída.

Fechei o registro e puxei a toalha de cima do ferro do box. Sequei os cabelos, andei até o espelho, visualizando meu reflexo bem mais limpo que o Zayn anterior. Enrolei a toalha na cintura e andei até o quarto. Escolhi uma nova roupa, penteei o cabelo úmido, escondendo-o por baixo de um boné vermelho e azul, e caminhei porta a fora, rumo ao quarto de Sara.

Bati na sua porta algumas vezes e esperei pacientemente.

S: – O que quer? – secamente ela abriu a porta.
Z: – Eu quero muito conversar com você. Será que podemos fazer isso agora? Por favor?
S: – O que eu tenho que fazer para você largar do meu pé?
Z: – Eu não vou largar do seu pé, Sara. – sorri de canto.
S: – Vou te obrigar a fazer isso, então. – disse ameaçando fechar a porta.
Z: – Não, não! Espera. – espalmei a mão na porta. – Olha…. Ok, vamos conversar, não é?
S: – Porque quer tanto isso, hein Zayn? – disse cruzando os braços. – Você poderia estar sentado em seu sofá, relaxando e vendo mulheres lindas na tv.
Z: – Para de ser boba. Eu quero ficar aqui com você e quero me desculpar.
S: – Você tem… 3 segundos.  
Z: – 3 segundos?! Ok. – disse me aproximando e pegando sua cintura. Dei um beijo calmo em seus lábios e demorei até mais que três segundos para me afastar. Ela me puxou pra dentro do quarto e me olhou com os olhos arregalados.
S: – Você esta louco? Se alguém pegar a gente aqui…
Z: – Então a gente continua aqui dentro. – minha voz saia cada vez mais rouca conforme me aproximava. Segurei sua nuca e a puxei pra mim novamente. Mordi seu lábio inferior com um curto sorriso e escorreguei a boca até seu pescoço, deixando alguns selinhos leves.
S: – Z-Zayn… – disse em meio aos arrepios. – Você não vinha se desculpar? – por fim ela estava um pouco mais longe de mim, encostada na parede que dividia a sala para o quarto.
Z: – E esse é meu pedido de desculpa. – parei em sua frente e apoiei um dos braços na parede em que se apoiava, deixando-a encurralada.
S: – Olha, não é por nada, mas você esta me deixando com medo… E… A Perrie sabe disso? –  ela passou por baixo dos meus braços, indo para a varanda.

Passei as mãos pelo cabelo, tirando o boné. Suspirei mais alto do que imaginava e andei um pouco tenso até a varanda.

Z: – Como sabe da Perrie?
S: – Eu não sou mais criança. – disse murmurando.
Z: – Anh… Sara. – me aproximei mais um pouco. – Eu sei que isso pode ser errado, mas… Eu não tenho culpa se também me sinto atraído por você. Atraído até muito mais do que pela minha… Namorada. – disse um pouco mais baixo e ela riu debochadamente.
S: – Você ainda tem coragem de me falar isso. Você esta a traindo. TRAINDO! – gritou e andou até a porta, a abrindo. – Talvez seja hora de você ir já.
Z: – Sara…. Para com isso. – disse com o tom mais sofrido. – Eu gosto de você, você também parece gostar quando estamos nos beijando… Por que complica?
S: – Tchau Zayn. – respirou fundo. – Eu deixo você viver sua vida perfeita com a sua namorada. Agora, deixa eu viver a minha.

Andei sem nenhuma pressa até a porta e parei em sua frente, antes de sair pela mesma. Me inclinei na esperança de lhe dar um selinho, mas ela virou o rosto e acabei beijando sua bochecha.

S: – Boa noite.
Z: – Eu não acredito, Sara. – suspirei frustrado e balancei a cabeça. – Saiba que eu realmente gosto de você. – disse por fim indo embora.





Harry POV

Desmoronei embaixo do chuveiro, deixando a água gelada cair forte na minha cabeça. Eu não sabia que era possível chorar do jeito que eu chorava nesse momento, muito menos gostar de uma garota assim. E não acreditava que tinha feito uma merda daquelas; Sinceramente sou um cretino! Mas sei que posso ser o melhor pra ela e eu não vou desistir disso.

Amanhã iremos conversar e ela não vai fugir de mim. Vai ser uma conversa definitiva,  vou contar dos meus sentimentos e espero que ela não saia rindo da minha cara.

Me joguei na cama de casal apenas de boxer depois do banho. Meu cabelo devia estar totalmente bagunçado, mas agora não me importava. Olhei para o abajur e o telefone na mesma mesinha. Enxuguei algumas lágrimas e disquei o número do telefone do quarto da Sara. Eu não ia aguentar até amanhã de manhã. Eu precisava escutar a voz dela.

S: – Alô?
H: – Sara… Eu, só… Queria ouvir sua voz. – murmurei envergonhado. Acho que era a primeira vez que eu ficava assim diante de uma menina. Ela desligou.

Respirei fundo e coloquei o telefone de volta na base. Fiquei encarando o objeto por alguns segundos, pensando se deveria ligar novamente, até ela me dar atenção. Mas amanhã eu estaria menos estressado e seria muito melhor pra conversar.

Me virei na cama e fiquei encarando o teto, tendo pensamentos aleatórios durante um bom tempo. Não demorou tanto para que eu pegasse no sono e cada sonho que eu tinha, Sara aparecia neles. Acordei diversas vezes no meio da madrugada, querendo ligar pra ela, mas algo me impedia de fazer isso e eu simplesmente voltava a dormir.



Sara POV

S: – Bia. – cutuquei no meio da noite e ouvi seus roncos. – BIA!
B: – Hm? – respondeu sem muito importar, abraçando outro travesseiro ao seu lado ainda de olhos fechados.
S: – Harry me ligou e eu desliguei em sua cara. Você acha que devo lhe pedir desculpas ou não? Acho que não, né? Depois do que ele fez…  E amanhã eu não volto pro Brasil. – respirei fundo.
B: – Como é? – rapidamente ela acordou. – Harry te ligou?
S: – Nossa, obrigada por se importar que eu não vou pro Brasil. – revirei os olhos e voltei a deitar.
B: – Você não ia voltar pro Brasil, Sara. – revirou os olhos. – Eu não ia deixar, tá louca? Mas agora pode parando de fingir que não entendeu a minha pergunta. Me conta!
S: – É, ele falou que só queria ouvir minha voz. – murmurei.
B: – Awn, e o que você disse?
S: – Eu desliguei. – coloquei as mãos no rosto.
B: – Foi piada? Tá, não teve graça. Agora conta a verdade.
S: – É sério.
B: – Sara, mas…. Ai meu santo Deus, você é louca! Podia ter… Sei lá, pelo menos respondido.
S: – Você sabe o quanto eu sou orgulhosa. – falei olhando para ela e depois para o celular.
B: – Tá, eu até entendo. Mas amanhã se ele te chamar, você vai falar com ele, né? Ele está louco pra falar com você.
S: – Pra falar a verdade, eu estou louca para ligar pra ele, mas… Eu não sei se é o certo.
B: – Por que não faz isso? Sabe, não é errado, digo, eu pelo menos não acho. Tenta escutar o que ele tem a te dizer.
S: – Mas eu vou falar o que?
B: – Ah… –  ela fez uma pausa, parecendo pensar em algo. – Liga como se estivesse ligando para o quarto do Niall ou um dos outros meninos, sei lá. Ele vai achar que você ligou errado, mas vai aproveitar pra chamar sua atenção. Harry não perde essas oportunidades, você sabe. – piscou com o olho direito. – E então vocês começam a conversar, pronto!
S: – Ta.. – respirei fundo e digitei o número.


….

H: – Alô? – respondeu com a voz sonolenta.
S: – A-Alô, q-quem f-fala?
H: – Sara, é você?
S: – S-Sim.
H: – Tá, vou responder sua pergunta. Quem fala é o Harry. – disse brincalhão. – Será que agora que você sabe, vai desligar na minha cara? Eu espero que não.
S: – Essa era a minha vontade, mas, na verdade, eu queria falar com Zayn. – ri debochadamente.
H: – Uma hora dessas? – pareceu um pouco mais nervoso.
S: – Eu queria pedir desculpas a ele.
H: – Ah, é? – perguntou se correndo de ciúmes.
S: – É, Harry. – respondi impacientemente.
H: – Hum, sei. – bufou. Logo em seguida respirou fundo e teve um pouco mais de controle. Sua voz mudou e ficou mais baixa, tentando ser mais atencioso. – Sara, eu… Sabe, eu queria te pedir desculpas, eu não queria que fosse assim por telefone, mas… Eu não estava aguentando mais.
S: – Você não deve desculpas a mim. Eu não sou nada sua, ué. – ri fraco. – Eu fiquei assim porque ela não era tudo isso. – menti descaradamente.
H: – Não, eu realmente te devo desculpas. Você é importante pra mim e eu planejo o tempo todo estar ao seu lado, tornar nossa relação ainda maior. – ele limpou a garganta depois disso, achando que tinha falado demais. – Mas enfim, eu fui um idiota. Eu só queria ficar numa boa com você.

Então eu ri.

S: – Não sei porque corre atrás de mim depois de tantos foras. Quer uma menina legal e bonita para você? Vai em uma agência de modelos que você acha milhares. Principalmente Cara Delevigne. Ela é maravilhosa.
H: – Você devia virar cupido, sabe? Sempre tentando arranjar uma garota pra mim. – riu levemente. – Mas se toca, mocinha. Eu quero você.
S: – engasguei. – Então, Harry, é, eu vou desligar. Desculpe por te acordar.
H: –  Ah, não. Por favor, agora eu estou com insônia, eu quero ficar conversando com você.
S: – Como é? Comigo? Eu? Insuportável? – gargalhei baixo por conta de Bia já estar dormindo novamente.
H: – Insuportável que eu adoro.
S: – Bobo. – ri. – Tudo bem, eu fico mais um pouco. Mas se eu dormir na linha ou amanhã acordar igual zumbi a culpa é sua. – me ajeitei na cama.
H: – Ok. – riu. – Então… Ahn… Seria demais perguntar o que você está vestindo agora?
S: – Não. – ri. – Estou com um shorts e uma blusa de frio.
H: – Está sentindo frio? Sério?
S: – Não, logo estou trocando a blusa e tirando o shorts.
H: – Não fale isso, Sara…
S: – Mas porque? Você perguntou e eu respondi.
H: – É difícil imaginar você tirando o short, sem poder estar aí pra…. Nada.  Só… Não fale essas coisas pra mim, você sabe, eu… – ficou em silêncio.
S: – Oh.. Harry! – gargalhei. – Ai meu Deus. Mas e você, o que veste?
H: – Somente uma boxer… Preta. – houve uma pausa – Você gosta da cor preta?
S: – Amo. – ri. – Só isso? Nossa!
H: –  Só isso. – comentou malicioso. – Eu poderia estar sem mais nada, se… Você quisesse.
S: – Harry… – suspirei. – Para de ser abusado, menino.
H: – Agora falando sério. Vem aqui no meu quarto, estou me sentindo sozinho. Poderíamos conversar pessoalmente.
S: – Ta louco?
H: – Por que? Meu Deus, o que é que tem você vir aqui? A mamãe vai brigar?
S: – Ha-ha-ha que engraçado. Não, né! Mas essa ideia…  Ai, ta bom. Deixa a porta aberta. – falei já se levantando.
H: – Ok, vou estar te esperando na porta. – disse desligando o telefone.

Fui até a porta na ponta dos pés, abri a porta cuidadosamente e sai pelo corredor dando de cara com Harry só com a cabeça na porta.

S: – Oi. – sorri.


Harry POV

H: – Entra. – puxei sua cintura para dentro e tranquei a porta. – Gostei da roupa. – disse olhando exatamente para os shorts. Nossa, que short! Só que não. Pernas… E lindas. Meu Deus, Harry, auto controle.
S: – Gostei da...box. – riu.
H: – Deve ser, você não parou de olhar pra ela. – sorri de leve e coloquei uma mão em sua nuca, se aproximando vagarosamente com a boca perto do seu ouvido. – É melhor aproveitarmos que estamos sozinhos. – cochichei.
S: – Era pra isso que você me chamou, tarado? – disse rindo e me dando um tapa, logo correndo pra cozinha.
H: – Não se faz de difícil que eu me apaixono mais ainda, Sara. – ri indo atrás.
S: – Eu sei, sou irresistível. – disse jogando o cabelo e correndo até meu quarto.
H: – Eu sei disso. – alcancei seu braço e desci a mão até seu quadril, pegando-a no colo e deitando-a sobre a cama. Me apoiei entre seu corpo e inclinei um pouco em direção á sua boca. – Você é muito irresistível. – sussurrei encostando os lábios calmamente.
S: – I find your lips… So kissable. – ela desviou, rolando para o outro lado da cama. – Amo essa música. – disfarçou.
H: – Ah, jura? – disse com a cara enfiada no travesseiro depois de um vácuo. – Que ironia, né? – me levantei.
S: – Para de ser mole, Styles. – disse dando um tapa na minha bunda.
H: – Então quer que eu seja duro? – ri maliciosamente, mas parei. – Ok, eu não devia ter falado isso.
S: – Você merece umas palmadas. – disse cerrando os olhos com um sorriso.
H: – Troco palmadas por beijos, vem? – sorri de canto, olhando-a enquanto me sentava na beira da cama.
S: – Nops. – riu e continuou no mesmo lugar.
H: – Te dou cinco segundos, antes que eu vá até aí.
S: – Não, não começa Harry.. – disse indo para trás. – Olha o seu tamanho perto de mim.
H: – Sinto muito, mas você me obriga a fazer certas coisas. – ri me levantando e indo rapidamente ao seu encontro. Impressei-a contra a parede e tirei uma mecha de cabelo em frente ao seu olho. – E agora? – a desafiei com um sorriso sacana.

Ela passou por baixo das minhas pernas e correu até a cama, pegando um travesseiro.

S: – Sabe, você não é nada esperto.

Me virei rindo. Aquela garota realmente foi feita pra ser minha, por que tão inteligente igual a mim? Isso é destino!

H: – Ainda bem que você já foi pra aí. De um jeito ou de outro, eu ia te levar até aí mesmo. – sorri correndo até a cama e pegando outro travesseiro, batendo com ele em seu bumbum.
S: – Não ia não. Au! – ela devolveu uma travesseirada na minha barriga

Dei uma travesseirada de volta nas suas pernas, na tentativa de fazê-la desequilibrar, com sucesso. Mas ainda assim, ela puxou minhas pernas juntos e caí por cima de seu corpo.

H: Oi! – disse rindo olhando fixamente para os seus olhos. Estávamos tão perto que meu coração começava a ficar ainda mais rápido.
S: – Tchau. – falou me cobrindo com a coberta e subindo em cima, me fazendo ficar sem ar.
H: – Se eu morrer, você vai ter que me substituir na banda, hein! – tossi em seguida, ficando sem fôlego.
S: – Put’z, verdade. – tirou rapidamente.
H: – Você cai muito fácil no meu drama. – disse a puxando pra cima de mim e prendendo sua cintura com meus braços. Desmanchei o sorriso, na tentativa de ficar sério. – Sara, você sabe que eu preciso te dizer uma coisa, né? – falei mais baixo.
S: – Eu só sei que essa posição está estranha. – riu.
H: – E você não gosta? – sorri malicioso.
S: – Não, Harry, seu amigo esta me incomodando. – ela gargalhou e encostou a cabeça em meu ombro.
H: – Anh… – olhei para baixo, mas resolvi não comentar nada. Realmente ela devia estar incomodada. – Não me desconcentra. – ri fraco. – E não tenta fugir desse assunto, eu preciso te contar… De uma vez por todas, antes que eu enlouqueça. Ok?
S: – Eu to afim de beber agua. – disse tentando se soltar.
H: – Sara, eu gosto de você. – ignorei seu comentário. – Digo, de realmente estar apaixonado. – busquei seu olhar para o meu. – Eu não paro nem um minuto de pensar em você e… Sente isso. – peguei sua mão, colocando em cima do meu peito. As batidas se tornaram ainda mais fortes.
S: – Oh meu Deus, Harry, porque seu coração esta assim?
H: – Por que eu… Eu te amo.
S: – Eu… – ela paralisou em meus olhos – Eu estou com uma enorme vontade de sair correndo. – disse sorrindo fraco e passando a mão em meus cachos.
H: – Faz ao contrário. – sorri. – Fica aqui e me beija.
S: – Sabe, eu ainda tenho dúvida se eu sei beijar ou se eu beijo bem.

Sorri vendo sua carinha meiga e mordi os lábios. Passei minha mão pela sua bochecha, até chegar a nuca e encostei nossos lábios. Era necessário controlar minha respiração antes que eu morresse, quase não dava pra acreditar que aquilo estava acontecendo. Dessa vez sem joguinhos.

Ela abraçou minha nuca, fazendo nossos corpos ficarem mais colados, enquanto a minha mão ia até sua cintura. Tudo em nossa volta não existia mais. O que importava ali era nós. O nosso beijo.

H: – Você gosta de mim? – sussurrei entre um selinho.
S: – Hum, até que sim. – riu.

Voltei a beijá-la, ainda mais intenso que antes. Nossas línguas travaram em uma batalha incansável, minhas mãos que estavam em sua cintura foram subindo suas costas por dentro da blusa vagarosamente.

S: – Ahn… Harry… Não confunda as coisas… – ela murmurou se levantando.

Arqueei as sobrancelhas e me sentei, puxando-a pela cintura.

H: – O que foi?
S: – Eu não estou tão preparada assim… Sabe… Eu sou…  
H: – Virgem? – completei cautelosamente.
S: – É.. – murmurou.
H: – Sara… – sorri e coloquei uma mecha sua de cabelo atrás da orelha. – Eu farei o melhor pra você, se isso acontecer. Eu… Eu não te machucaria, se é isso que você tem medo. – falei carinhosamente.
S: – Eu sei disso, mas… Eu não quero, não, agora. Me desculpe. É melhor eu ir..
H: – Não, olha! – segurei a ponta do seu queixo, virando-o para mim. – Pelo menos dorme aqui comigo hoje. Eu quero ficar com você… Por favor. – encarei seus olhos e dei um leve beijo em seu pescoço.
S: – Mas e a Bia?
H: – Eu tenho certeza que ela vai adorar saber que você esteve aqui.
S: – Eu não resisto á essa cara. – sorriu.
H: – Bom saber. – ri e puxei-a junto comigo pra se deitar, jogando uma perna por cima do seu quadril e a prendendo em meus braços de conchinha. – Eu também não consigo resistir á você. – sussurrei em seu ouvido.

Ela se virou fazendo ficarmos com o rosto bem próximo ao outro, suas mãos vieram até meu rosto e ficaram fazendo carinho, depois, se direcionou até meu cabelo, e o mesmo fez com os cachos.

S: – Eu amo seus cachos.
H: – Uhum… – respondi meio inconsciente, fechando os olhos com aqueles carinhos.
S: – Boa noite.. – sussurrou beijando a ponta do meu nariz

H: – Boa noite, anjo. – lhe dei um selinho e a abracei mais forte, escondendo meu rosto na curva do seu pescoço. Ela tinha um perfume maravilhoso.

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