Capítulo 5

quarta-feira, 13 de novembro de 2013



  







Título: Encontro de Casais.



Sara, como sempre acordou antes de Bia. Mas agora não foi por causa do celular tocando ou pela mesma se mexendo incontrolavelmente. Foi por ela ter esquecido sua janela aberta e o sol brilhava diretamente em seu rosto.

S: – Poxa, por que só comigo? – disse sussurrando. Levantou cambaleando e se apoiando em quase tudo pra não cair de sonolência. Fechou a janela e pulou de volta na cama. Logo caiu no sono de novo. Até que a maldita campainha toca.

Levantou rezando para que não fosse nenhum dos meninos. Sua situação matutina não era nada apresentável, muito menos de Bia. Ela estava toda jogada na cama, babando, com seus cabelos pra cima.

Sara sorriu com aquela cena e lembrando da campainha, correu pra atender.

Xx: – Sara? – disse um homem alto, sério e robusto. Ela tinha quase certeza que era aquele segurança dos meninos. O Paul.
S: – Isso. O que quer?
Xx: – Sou Paul, prazer. Sou segurança dos meninos.
S: – Ah, sim. Olá Paul! Quer entrar?
P: – Não, obrigado. Eu vim aqui só pra dizer dar um recado do Louis. Ele pediu que a senhorita e a Beatriz estivessem prontas ás 14hs. Um carro preto virá lhes buscar, então ele pediu que ficassem em alerta.
S: –  Carro preto? Por que?
P: – Lamento, mas não sei respondê-la. Só vim entregar o recado.
S: – Ah, ok. Obrigada Paul. – Sara acenou antes dele ir embora.

Assim que fechou a porta, olhou para o relógio de parede. 11: 44! O tempo tinha passado rápido ou ela dormira além da conta?

Se espreguiçando foi até a cozinha e se deparou com a pilha de louças na pia. Dava até nojo, mas não tinha outro jeito. Ergueu as mangas do moletom e começou a ensaboar louça por louça. Depois preparou um café com tudo que tinha direito e foi acordar Bia para compartilhar aquela mesa.

S: – Hey! Bia! – ela disse baixo. Bia não simpatiza com berros pela manhã.

Ela despertou um pouco zonza. Em sua visão, Sara ia transparecendo pouco a pouco. Esfregou os olhos e bocejou.

B: – O que houve? – disse com a voz de sonolência.
S: – Você não sabe quem veio aqui! – sorriu animada.
B: – Hm. Quem? – esforçadamente ela se sentou na cama.
S: – Paul! – deu um belo sorrisão.
B: – Paul? – ela pensou um pouco de início. – Espera! O Paul, aquele segurança dos meninos?
S: – Isso!
B: – O que ele queria aqui? Nós fizemos algo errado?
S: – Ele veio nos avisar que Louis mandou um carro preto vir buscar a gente as 14:00.
B: – Por que isso soa tão… Sequestro? – gargalhou – Mas… Por que ele deve ter pedido isso? E mais! Pra onde ele quer que a gente vá?
S: – Eu também não sei. – encolheu os ombros. – Ligar pra ele seria ruim?

Bia torceu os lábios em dúvida.

B: – Não sei, o que você acha melhor?
S: – Ah, não sei. Acho que não.
B: – Aff, estou tão curiosa. – se espreguiçou e saltou pra fora da cama. – Espero que ele não esteja aprontando.
S: – Por que ele aprontaria?
B: – Sei lá. Homens também são imprevisíveis.
S: – Acho que Louis não faria nada demais. Mas enfim! Vamos tomar café? Eu preparei uma mesa só pra gente. – sorriu.
B: – Como adivinhou que eu estava com fome? – disse falsamente surpresa e ambas riram.
S: – Você sempre está com fome.

As duas foram andando até a cozinha e sentaram á mesa do café. A luz do dia já estava clareando todo o cômodo, o tempo parecia bom hoje. Bia ainda nem fazia de que horas eram, mas sabia que tinha que comer rápido porque demoraria horas para escolher uma roupa para o “encontro” secreto com Louis. Ela gostava dele, esperava que ele retribuísse com o mesmo sentimento, e adorava ouvir de sua boca que estava linda. Ele era bom com elogios.

Enquanto isso Zayn estava jogado em sua cama de solteiro, apenas de boxer e camisa de futebol com um 78 em tom verde na estampa. Tinha um sorriso pequeno nos lábios, ele ainda pensava em Sara e não sabia como esquecê-la. Nem se soubesse, não gostaria de aprender. Era boa a sensação de ter o coração acelerado só de um pensar em um beijo.

Mas e Perrie?

Ele também gostava dela. Era uma ótima companheira e não merecia isso que ele vinha fazendo escondido dela. Tudo bem que o relacionamento estava dando algumas sacudidas de vez em quando, as vezes ficavam dias sem se falar e as conversas pareciam ficar frias. Mas de toda a maneira, ainda tinha um espaço pra Perrie em seu peito. Ele tinha certeza disso toda vez que imaginava sua voz e seu sorriso.

Por que era tão difícil escolher apenas uma?

No quarto da frente, Harry acabava de acordar enrolado em seu edredom de naves espaciais. Era de Niall, mas… Nem sabia por que estava com a coberta do irlandês. Colocou os pés para fora da cama e sentou se espreguiçando. Calçou os chinelos, vestiu uma regata e foi até a sala. Os efeitos sonoros de Call of Duty estavam absurdamente altos. Liam e Niall ocupavam o sofá com os controles em mãos, concentração em alta. Qualquer distração era um deslize pro game.

Harry balançou a cabeça, revirou os olhos e foi pra cozinha. Nunca foi fanático por games, tudo tinha seu limite. Mas Niall e Liam pareciam que nunca haviam escutado essa palavra na vida. Limite.

Limite… Espera! – ele pensou parando em frente a geladeira. Recuou e andou até a sala.

H: – Alguém viu Zayn por aí?
Liam: – Dormindo! – disse rapidamente.

Dois à dois Harry foi pulando os degraus para subir depressa. Bateu algumas vezes na porta, ele não deu sinal de vida, então se permitiu empurrar a porta e a brecha revelou um Zayn pensativo e meio sorridente sobre a cama. Harry franziu a testa, curioso a saber o que ele pensava e ainda o fazia ficar com aquela simples alegria.

Xx: – Tsc, tsc, tsc… Que coisa feia, Harry!

Harry se virou assustado. Louis cruzava os braços rente ao peito.

H: – Susto, Louis! – disse recuperando o fôlego e colocou a mão no peito.
L: – Bancando o Sherlock á essa hora?
H: – Shh! – disse voltando á olhar pela brecha da porta. Zayn continuava na mesma posição, com o mesmo sorriso.
L: – Por que está espiando o Zayn? – Louis disse com certa repugnância. Zayn as vezes dormia nu e depois, ele não via motivos interessantes para observar alguém que geralmente não faz nada além de dormir por horas incansáveis.
H: – Ele está estranho. Zayn não é de ficar sorrindo e pensando ao mesmo tempo. É claro… Se ele não estiver se olhando no espelho. – completou.
L: – Tanto faz, Harry. – Louis revirou os olhos. – Olha, presta atenção. Daqui a pouco vou me encontrar com as garotas. – Harry prontamente se virou. Garotas era seu assunto. E se estivesse envolvendo Sara, era melhor ainda. – Pretendo levar á Bia em um parque, depois em um show. Também pedi que buscassem a Sara, então… Quem avisa amigo é.
H: – Está insinuando que você e o Malik vão á um encontro de casais? – disse indignado.
L: – Não insinuei nada, mas pensei. Ele saiu com ela ontem e… – ele deu uma pequena olhada pela fresta. – Aquele sorriso ali pode significar algo muito bom que tenha acontecido ontem.

Inferior e ultrapassado. Esse era o Styles.

H: – Eu devo chamá-la pra ir comigo?
L: – Só dei meu recado. – ele deu uns tapinhas em seu ombro. – Agora eu preciso me arrumar, daqui a pouco eu tenho que sair.

E Louis foi andando até o fim do corredor, onde ficava seu quarto. A mansão Deluxe era enorme e tinha quarto o suficiente para os cinco. Eles sempre se reuniam para dormir lá nos fins de semana pra ficarem próximos um do outro.

H: – Olá Zayn. – Harry nem pensou duas vezes antes de entrar no quarto.
Z: – O que você quer? – respondeu sem humor.
H: Quero saber se vai naquele encontro que Louis fez.  – disse se sentando em um pequeno espaço da cama.
Z: – Encontro? Que encontro? – Zayn franziu a testa e se sentou.


Hum, então Zayn não sabia? Um ponto á mais.

H: – Nada, esquece. – sorriu amarelo e foi se levantando para sair do quarto.

Zayn ficou olhando Harry sair com um ar desconfiado. Tinha alguma coisa acontecendo pelas suas costas.

H: – Que horas que é mesmo o encontro, Lou? – disse indo até a cozinha onde Louis estava fazendo um lanche.
L: – Ás duas.
H: – Ah, ok. – se virou. – Ah, eu vou também. Zayn não vai porque está com um pouco de dor de cabeça. – disse entrando em seu quarto.
L: – Zayn com dor de cabeça? – se perguntou sozinho. Deu de ombros e voltou a preparar seu sanduíche.


Harry POV

Entrei no quarto e abri o guarda roupa. Eu tinha que usar algo especial para a Sara, nem tão formal, mas… Sei lá, apenas arrumado. Se Zayn fosse no meu lugar, tenho certeza que ele escolheria algo pra matar de cara.

Joguei algumas peças sobre a cama e entrei pro banho. O relógio já marcava uma da tarde e eu ainda nem fazia ideia de onde esse encontro iria acontecer. Só espero que Louis vá para um lugar diferente e me deixe a sós com a Sara. Hoje eu preciso mostrar minhas boas intenções e ela vai saber quem sou eu de verdade. E vai saber porque posso ser muito melhor que Zayn.


Bia POV

B: – Sara! Já está pronta? – bati na porta do seu quarto.
S: – Estou, mas não sei se ta legal. – disse abrindo a porta e indo em frente ao espelho novamente. (1)
B: – É claro que está legal. Está maravilhosa! – falei admirada. – Sara, desse jeito você vai acabar é apaixonando todos os meninos. – ri.
S: – Não fala besteira. Eu não apaixono nem um pedreiro qualquer. – riu – Mas e você? Olha só, esta perfeita! – disse me colocando na frente do espelho e arrumando um pouco mais meu cabelo. – Louis vai adorar. – sorriu. (2)
B: – Tomara que ele gostei
S: – Ta de brincadeira? Gostar? Ele vai desmaiar! Olha só pra esse shorts, que perfeito.
B: – Não está muito vulgar? – perguntei insegura.
S: – Claro que não. Que horas são?
B: – Uma e meia. – respondi – Será que o carro preto é do Louis ou é um motorista qualquer?
S: – Acho que é dele. – assentiu e andou até a janela. – Nada!– disse voltando a olhar pra mim novamente – Quem será que vai?
B: – Aposto que Zayn vai. Ele com certeza vai querer repetir a dose da noite passada. – lancei um olhar malicioso.
S: – Besta! – riu – Sabe, eu acho que não é uma boa idéia vê-lo de novo com todos vocês lá também. Você sabe o quão tímida eu sou. – disse cobrindo o rosto.
B: – Até na timidez vocês combinam. Fala sério! – ri e uma buzina nos chamou a atenção lá fora. Corri até a janela e um carro preto estava estacionado em frente ao prédio. – Quem é que seja, já chegou pra nos buscar.
S: – Não solta da minha mão. – disse segurando minha mão.
B: – Só uma observação, Sara. Não vamos ser sequestradas. – ri ainda segurando a mão trêmula. Entramos no elevador e chegamos rapidamente ao térreo.

Um lado bom: Era Louis.
Ele estava encostado no capô do carro e rodava a chave do carro nos dedos. Harry estava no banco carona e a janela estava aberta. Olhei pra Sara, mas ela estava ocupada demais encarando raivosamente o garoto de cachos. Acho que ela não preferia que fosse ele.

L: – Oi meninas. – disse sorridente.
B: – Oi! – tive coragem de avançar e dar um beijo no canto da sua boca.
S: – Oi. – sorriu fraco e continuou encolhida no mesmo lugar

Harry saiu do carro e abriu a porta de trás, olhando exatamente pra Sara.

H: – As damas primeiro. – sorriu torto.
S: – Sabe, eu tenho mãos. – disse indo até a porta e a abrindo entrando sem nenhuma paciência no carro.
L: – Vejo que não é seu dia de sorte, né, cachinhos? – Louis riu debochado enquanto entrava no lado do motorista.


( . . . )

Harry e Sara foram o caminho inteiro em silêncio no banco de trás, enquanto eu apenas tentava não morrer de vergonha ao lado de Louis.

Resumindo: Clima tenso.

Se não fosse pelo rádio ligado, eu não sei o que seria de mim e Sara.

Paramos em um farol para que um casal de velhinhos atravessassem e Sara não resistiu em deixar seu comentário sobre aquilo.

S: – Que lindos! – disse sorrindo.
H: – Poderia ser eu e você no futuro. – Harry diz com a sua voz suave e meio sedutora.
S: – Se fôssemos, não seria tão bonitinho assim. – disse o olhando e voltando a se encolher com a feição fechada.
B: – Aposto que seria! – disse tentando amenizar o clima.
S: – Não Bia, seria mais bonitinho se fosse você e o Louis. – suspirou e logo soltou risadinha.

Prendi a respiração, tinha certeza que estava corando mais rápido que o normal. Ouvi uma risada nasalada de Louis, mas não tive nem um pingo de coragem para olhar.

L: – É, seria bonitinho. – ele comentou rindo.
B: – Anh, Sara, meu amor. Você fica tão linda em silêncio, sabia?

Ela gargalhou.

– Pelo menos Louis gostou da ideia. – deu de ombros.

Pensar na possibilidade de estar com Louis uma vida inteira me fazia gritar histericamente em pensamento. Em primeiro: Ele era meu ídolo, depois ele era lindo e terceiro, um garoto incrível e que sempre me faz rir. Até um tempo atrás não chegava acreditar em “Finais Felizes”, mas eu tenho certeza que se ficasse até meu último dia de vida com Louis, eu viveria um.

Passei o resto do caminho quieta e encolhida no banco. Sara e Harry também não falaram mais nada, só as vezes ele conseguia tirar algo da boca dela que não fosse grosseria e mesmo assim, diálogos curtíssimos.

Chegamos em uma espécia de campo, o dia estava lindo, parecia um cenário paradisíaco e meio abandonado. Descemos do carro e Louis foi até o porta-malas buscar alguma coisa.

B: – Acho que isso é um encontro de casais. – falei baixo com Sara. – Como vai ficar você e Harry? Sabe, eu faria de tudo nessa vida só pra ver vocês dois em um passeio sozinhos. – ri.
S: Infelizmente esse sonho não vai se realizar.
L: – Gostam de piquenique? – ele voltou com uma cesta em mãos.  
S: – Sendo comida… Pra mim esta tudo ótimo.
L: – Harry, você quer levar Sara em algum lugar antes? – ele piscou rapidamente pra Harry, que logo entendeu o recado.
H: – Ah, claro! – ele sorriu. – Sara, você quer vir?
S: – Sabe, eu..

Encarei Sara imediatamente. Se ela rejeitasse aquele convite, poderia se considerada uma garota morta!

S: – Ahn...Por mim... – disse dando de ombros.
L: – Que bom! – Louis sorriu para os dois. – Nos encontrem lá no alto daquele morrinho quando terminarem. Vamos esperá-los para fazer o piquenique.
H: – Tudo bem. Vamos Sara! – Harry estendeu a mão, esperando que ela desse a sua á ele.

Sara apenas o olhou fazer aquilo e passou reto em sua frente.


Harry POV

Sara foi caminhando meio emburrada na frente. Eu realmente não sei o que ela tem contra mim, mas se isso for algo espiritual, eu devo ter sido muito canalha pra ela na vida passada. Sabe, nem um sorriso eu vi dela até agora. Que macumba Zayn deve ter feito pra conseguir ter levado ela pra jantar e ainda ter chego tarde em casa? Porque pra mim significa uma noite ótima.

H:– E então, Sara? Você gosta de lugares calmos? – perguntei a alcançando com passos rápidos.
S: – Quanto mais calmo, melhor.
H: – Foi alguma indireta pra que eu fique em silêncio? – ergui as sobrancelhas.
S: – Não.
H: – Ok. – o que eu estava fazendo? – Olha, que tal irmos á um outro lugar á noite? Sabe, eu conheço muitos lugares legais para ir á noite.
S: – Faria alguma diferença eu falar que queria ficar aqui e ver o anoitecer? – ela me olhou friamente e seriamente.
H: – Até que é uma boa ideia. – falei pensando. – Talvez faça. – sorri e parei em sua frente. – Talvez também faça alguma diferença se eu te beijasse agora. – sorri torto.
S: Acho que não. –  ela me desviou e andou mais um pouco até chegar á margem do llago. – Escuta, porque Zayn não veio? – disse parando ali pela beirada e  olhando s peixes.

Respirei fundo e mantive auto controle.
“Não deixe se abater”

H: – Zayn está “doente”.
S: – Sério? O que ele tem? – ela me olhou menos séria. Realmente se preocupava com ele.
H: – Não sei. Só sei que quando saí ele continuou deitado na cama.
S: – Ah, que pena. – falou voltando a olhar o lago.

Suspirei e parei ao seu lado.

H: – Por que você não gosta de mim? Sabe, não nesse sentido, mas… Pelo menos como amigo? Você fala e nem olha pra mim.
S: – Quero poupar decepções.

Suspirei irônico e balancei a cabeça.

H: – Você não tem cara de quem causa decepções. Ou causa?
S: –  Eu to falando de eu me decepcionar com você. – soltou um sorriso fraco.
H: – Hum. Sabe, você só saberá se tentar se arriscar, mas eu posso garantir que não será perca de tempo.
S: – Que tal você parar de falar assim e agir normalmente? Sabe, isso me dá nos nervos! – ela virou pra mim e começou a falar. – Você garante sua palavra, dá a entender que você pega todas e eu sou só mais uma. Mas não é bem assim. Porque diferentes delas, eu não gosto de você. E também não me interesso por seu dinheiro. – por fim, me virou a cara e sentou na grama, respirando fundo.

Cocei a cabeça e dei meia volta.
“Otário Styles. Devia ser esse meu nome”.
Quando é que você vai dar uma dentro?

H: – Ok. – me sentei ao seu lado. – Eu não quero passar nenhuma impressão ruim pra você, Sara, mas eu estou tentando de tudo que há no meu alcance pra ter um pouco da sua atenção. – falei tentando ser sincero.
S: – Mas porque você quer tanto a minha atenção
H: –  Porque é exatamente como você disse: Você é diferente das outras garotas e… – cocei a nuca, ficando ainda mais nervoso com aquelas perguntas. – Não querendo ser muito descarado, é exatamente assim que eu imagino uma garota perfeita.

Ela não se conteve e sorriu, mas logo voltou á seriedade quando percebeu que eu tinha gostado daquela reação.

S:– Hum, é, entendi. Conheço várias assim. Se quiser, eu te apresento.
H: – Não quero outras. – disse a olhando. – Eu quero você!
S: – Então tenta mudar esse seu jeito de ser tão sincero. – ele balançou o pé na água e fez espirrar propositalmente em mim.
H: – Se você for menos durona, tudo bem. – joguei de volta e ri da reação que ela teve.
S: – Não sou perfeita, Styles. – disse assoprando a própria roupa. O que era meio idiota, mas podia dar certo.
H: – Tem coragem de entrar? – disse apontando com a cabeça para o lago.
S: – Ter eu tenho, só que não tenho outra roupa.
H: – Então vá sem ela. – por um momento ele sorriu malicioso e logo se tocou da mancada. – Digo, talvez eu tenha uma blusa extra lá no carro. Vai ficar grande pra você, pode até servir de vestido depois. Sei lá. – disse um pouco nervoso.
S: – E você tem uma cueca boxer também?
H: – Posso arranjar.
S: – Então tá. – disse levantando.

Me surpreendi com a resposta dela, mas tentei não demonstrar pra não bancar “O chato’’. Tirei a camisa e deixei-a em cima da grama.

S: – Você acha que eu devo tirar minha roupa? Tipo, minha blusa e meu shorts? – o olhei confusa e inocentemente.

Cocei a ponta do nariz e ri com meus pensamentos impuros.

H: – Não. Melhor não. – pensei pro meu próprio bem. Se é que você me entende. –  Vá desse jeito mesmo. Vem! – disse indo na frente, em direção ao lago.
S: – Nossa, olha! – ela disse apontando pra algo..
H: – O que foi?
S: – Nunca confie em mim.

Foi tudo que escutei antes de cair dentro d’água. Só me dei conta quando imergi, ainda meio sem fôlego. Meio litro d’água devia ser pouco para o tanto que engoli.

H: – Sara! – chamei atenção, tentando parecer bravo. Mas não tinha como com ela rindo daquele jeito.

Nadei até a ponta e sacudi a cabeça, tirando o excesso d’água.

H:– Acho que foi um ato injusto. Tem alguém precisando se molhar também. – falei andando e puxando-a para perto, mesmo ela tentando resistir. Peguei-a no colo e não pensei duas vezes antes de pular dentro do lago.

Afundamos e prontamente abrimos nossos olhos. Nadávamos um em volta do outro, em círculos, até ficar sem ar e voltar ao topo.

H: – Hum. Pensei que fosse se afogar de início. – ri enquanto ela tossia.
S: – Cala a boca!
H: – Sara, não se mexe! – murmurei e fingi estar aterrorizado. – Tem anacondas por aqui.
S: – QUE? – em um pulo ela se entregou em meus braços.

Ok. Agora posso passar de Otário Styles á Inteligente. Sabe, eu achei que ela não fosse cair, mas… Foi bem melhor do que eu imaginei. Aquela carinha de medo era extremamente fofa. Mesmo que esse comentário pareça gay saindo de mim. Mas Sara conseguia ficar perfeita em todas as expressões.

H: – Realmente está assustada? – segurei sua cintura. Ela cerrou os olhos, me olhando desconfiada e se soltei bruscamente de mim.
S: – Você é um idiota!
H: – E você fica linda assustada.
S: – Eu não fiquei assustada, tá?
H: – Sei, claro! – respondi de deboche. – Mas é sério, talvez tenha uma anaconda. – fiz um lance com as sobrancelhas. – Nunca se sabe. – tentei fazer um tipo de voz maligna, mas acho que não deu muito certo.
S: – Tá, então vamos sair. – disse mais me desafiando.
H: – Claro que não. – prendi as pernas dela com as minhas e devolvi o mesmo sorriso.
S: – O que está fazendo? – disse tentando se soltar de mim.
H: – As anacondas vão chegar e você vai ter que ficar aqui junto comigo. – novamente soei maligno.

Ok, Styles, para de ser babaca. Ela não tem dez anos.

S: – Quando elas chegarem eu saio nadando. – arqueou as sobrancelhas.
H: – Como se você fosse conseguir fugir de mim. – agora prendi sua cintura em meu corpo com os braços e encarei-a profundamente, olho no olho.
S: – Isso não vale, você é mais forte que eu! Me solta! – disse me distribuindo socos.

Segurei seus punhos e puxei-a ainda mais pra perto.

H: – Não sou mais forte. – falei ridiculamente irônico.

Ela parou de se debater, já cansada, e se prendeu de uma forma hipnotizante em meu olhar. O que ela devia estar pensando agora?

Subi minhas mãos pela suas costas e fiz com que minha boca se aproximasse da sua. Não avancei mais do que aquilo e sorri de canto. Sara não desviava o olhar, eu queria que ela continuasse assim, eu poderia ficar eternamente assim.

H:– Posso te beijar? – sussurrei perto dos seus lábios.

Ela ficou um tempo me encarando, como se pensasse em modo automático. Devia ter mil coisas turbilhando ali dentro, mas ela não resistiu e avançou poucos centímetros até encostar em minha boca.

Era um sonho? Talvez, mas que eu não acorde tão cedo. Estava bom demais pra ser verdade e eu acho que dessa vez, me saí melhor que Zayn. Entreabri os lábios e a beijei com mais intensidade. A água gelada e a suas mãos me causavam arrepios.

Logo ela se afastou mansamente e foi abrindo os olhos lentamente.

S: – Olha, desculpe.. – cochichou ainda pelo efeito do beijo.
H: – Por me deixar tão viciado em seu beijo ou por você ser muito perfeita?
S: – Por eu ter te beijado – sorriu envergonhada e tirou as mãos da minha nuca.
H: – Olha, Sara… Eu posso respeitar o seu tempo. Talvez eu tenha me apressado, mas toda vez que eu te olho, eu tenho essa vontade. Só espero que você não se arrependa disso porque… – sorri um pouco tímido. – Foi muito bom pra mim.
S: – Só lembrando que fui eu que te beijei. – sorri e passou por mim, nadando até a superfície. Quando ela se levantou e finalmente seu corpo inteiro ficou a ámostra, eu tive que dar uma pequena analisada em suas curvas esbeltas, por conta da roupa molhada e colada em seu corpo.

Ok, eu deveria sair da água agora? Sara daquele jeito e… Meu Deus! Ser homem é definitivamente frustrante em certas partes. Sempre há algo que não dá pra controlar. “Se é que você me entende”.

H: – Se importa de eu dar um último mergulho? – perguntei á Sara, ainda dentro d’água. Eu não podia sair daquele “jeito”. Ela ia achar o que de mim? Ainda no primeiro beijo?
S: – Ué, por mim. – disse puxando a água do cabelo.

Virei em direção contrária e dei algumas braçadas para o fundo. Apenas foco em nadar, mais nada. Eu não queria deixá-la me esperando lá e ainda achando que sou algum tipo de maluco que de repente decide ir nadar desesperadamente no fundo.

Logo que voltei, subi ofegante em terra firme. Por um lado, as coisas estavam mais calmas “aqui embaixo”.

H: – Quer vestir uma roupa seca agora? – perguntei olhando-a secar o cabelo.

Seria legal se ela continuasse assim. Hum, seria mesmo. Se eu pudesse aproveitar também.

S: – Claro! Ou logo vou pegar uma gripe. – espirrou.
H: – Minha camisa está seca. Vista ela enquanto vamos até o carro buscar alguma roupa. – entreguei minha camisa branca que estava jogada no mesmo lugar que deixei no gramado.
S: – Tá.

Ela tirou a blusa rapidamente e colocou a minha, que ficou um vestido, mas era só um detalhe. Em seguida ela tirou os shorts e eu mordi os lábios, ainda a olhando naquela cena sexy. Ela se virou e notou meu olhar, ficando vermelha rapidamente.

S: – Se importa por eu ter tirado meu shorts?

“Nem um pouco. Tire sempre que puder”

H: – N-não. – respondi rapidamente enquanto andava.

Céus! Eu necessito ser mais cavalheiro ao lado dela, não posso me render, não posso. Benditos pensamentos maliciosos.

Abri a porta do carro e me inclinei para o banco de trás, procurando uma boxer. Sara estava atrás de mim, com um olhar ansiosa, torcendo para que tivesse.

H: – Achei! – entreguei a boxer.
S: – Ok, está favorável. – disse indo para atrás de um arbusto. – Fique aí, Styles.
H: – Tem certeza que não quer uma ajuda? –

Tá bom, não resisti dessa vez;

S: – Absoluta. – disse rindo e ficou um tempo em silêncio. – Harry, estou com vergonha. Devo estar igual um saco. – ela colocou a cabeça para fora do arbusto.
H: – Eu duvido muito. Você fica bem com qualquer coisa. Saia daí para eu ver.
S: – Não quero.
H: – Vamos, Sara! Não deve estar tão ruim. – implorei.
S: – Ta bom. – disse revirando  os olhos e lentamente ela foi saindo do seu escudo, ficando no meio da minha visão.

Olhei-a dos pés a cabeça. Mordi os lábios com auto controle. As pernas dela eram de me deixar louco. Fechei os olhos e suspirei.

H: – Ficou melhor em você do que em mim. – tentei falar com naturalidade e um sorriso forçado.
Tem noção do que é auto controle? Não, né? Pois é, eu não tinha e descobri agora.

S: – Que nada. Eu estou parecendo uma boneca de pano. Fora que eu odeio minhas pernas. Eu preciso emagrecer. – disse colocando as mãos no rosto.
H: – Ah, você odeia suas pernas? – falei admirado.
Meu Deus, se ela soubesse um terço do que eu penso. – Sabe, não deveria. Elas são… Bonitas.

Oii? Que gay, Harry!

S: – O que? Está cego? Elas são enormes!
H: – Sara, você está me fazendo ter pensamentos negativos, meio… Maliciosos, sabe? É melhor… Esquece! – falei desnorteado. – Só digo que você é muito gos...Linda!

Sara gargalhou

S:  Acredite que você ficou fofo sendo atrapalhado.
H: – Você me deixa assim, droga! – ri. – Dessa vez ganhou de mim, admito.
S: – Eu sou melhor que você, cala a boca. – disse se aproximando.
H: – Baixinha desse jeito é melhor do que eu?
S: – Essa com certeza foi a coisa mais idiota que você ja disse. – ela riu e socou meu peito.
H: – Você é bem valente, né? – sorri. – Mas e agora? – prendi seus punhos com as minhas mãos e a virei de costas pra mim, com as costas colada em meu peito.
S: – Se você quebrar meus braços você vai ver. – ela sorria enquanto tentava se soltar.
H: – Vou ver o quê? – perguntei provocando-a.
S: – Você não vai ter mais filhos. Satisfeito? – ela puxou o corpo com força e virou pra minha frente, em um ato mais rápido que eu poderia imaginar.
H: – Ok, era brincadeira. – ri abismado e beijei o canto da sua boca antes de soltá-la. – Vamos procurar os outros pombinhos. Já estou ficando com fome.
S: – Deixei você fazer isso? – disse arqueando as sobrancelhas.
H: – O que? Isso? – beijei-a novamente, dessa vez ainda mais perto da boca.
S: – Só não te bato porque ainda está segurando minhas mãos.

Sorri malicioso e agora encostei nossos lábios, soltando-a lentamente.

H: – Você não me bate porque eu sou melhor. – sorri em deboche.

Ela me bateu e saiu correndo.

H: – Ei! Sem jogar sujo! – corri atrás.


Bia POV

B: – Ok, aquela outra se parece com um… Castelo. – apontei a próxima nuvem.

Louis estava deitado na grama ao meu lado e acho que já se fazia bons minutos que brincávamos de dar formas ás nuvens.

L: – Castelo? – ele pareceu discordar. – Não, talvez um Pônei.
B: – Não. Claro que não.
L: – Aquilo não tem forma de castelo.
B: – Ai Louis! – gritei e levantei do gramado. Ele me olhou assustado. – Olha! – apontei para o ganso que tinha acabado de bicar meu braço.
L: – Pega ele.
B: – Não! – o olhei inconformada. Como eu iria pegar um ganso e pra quê?

Louis levantou e andou até a ave mansamente, dizendo algo baixinho pra ela. Facilmente ele a pegou no colo e levou até a ponta do lago. Me levantei e estiquei o corpo, cansada de tanto tempo estar naquela mesma posição.

L: – Ele soltou penas em mim. – Louis veio rindo e sacudindo a blusa preta.
B: – Ficou até estiloso essas penas, sabe. Podia lançar uma moda. – ri.
L: – Sério? Vejamos se em você também fica bom. – Louis veio ameaçando colocar uma pena em meu cabelo. Recuei enquanto ele avançava.
B: – Nem pense!
L: – Se correr é pior. – ele disse com aquele sorriso atrevido.
B: – Não, Louis. Por favor. – recuei ainda mais rápido.
L: – Então vai correr? Se eu te alcançar vou te jogar pena e ainda vou te beijar.

Minhas pernas fraquejaram por um segundo, mas sem dar chances eu corri. Era automático rir enquanto corria. Eu não sei, apenas dava vontade de rir e Louis também não ajudava quando gargalhava alto logo atrás.

Senti meu antebraço ser puxado e Louis estava ofegante em minha frente. Ele sorriu de canto e colocou uma pena na minha cabeça.

L: – E o beijo… – disse se aproximando.
H: – Hey, Louis! – escutei a gargalhada de Harry ao longe. Louis virou, interrompendo todo o clima e eu fiz o mesmo. Fiquei boquiaberta. Harry vinha rindo e totalmente molhado junto com Sara, que…

Espera!
USANDO AS ROUPAS DELE?!

L: – O que vocês estavam fazendo? – Louis o olhou surpreso.
S: – Ah, socorro! – disse gritando e dando meio volta em nós dois, se escondendo atrás de Louis. Harry se aproximava rindo e ela correu de novo.
H: – Vem aqui, mocinha. – Harry acelerou mais ainda seu pique e pegou Sara pela cintura, tirando-a um pouco do chão. E ela… Gargalhava?! Harry e Sara se divertindo? Eu estou mesmo acordada?
S: – Você só ganhou porque eu estou cansada! – disse deitando na grama.
B: – Sara, você ficou muito bem com a blusa do Harry. – sorri maliciosa. – O que houve com as suas roupas?
S: – Nós caímos no lago acidentalmente. – olhou significativamentei para Harry.

Harry estava com um sorrisinho besta e malicioso. Arqueei as sobrancelhas e olhei pra Louis.

B: – Você viu? Eles caíram “acidentalmente” no lago.

Louis riu e voltamos a encarar os dois.

L: – Foi divertido?
S: – Harry não sabe nadar muito bem. – ela disse o provocando e já foi levantando, olhando-o desconfiada..
H: QUE? – ele ficou chocado. – Sei nadar melhor que você! Medrosa! Tem medo de Anacondas. – ele sorriu pra ela.
S: – Foi tão burro que eu o empurrei no lago. – rebateu.
B: – Sabe, e isso é porque foi um “acidente”.
L: – Esperem! – Louis disse tirando o celular tocando do bolso. – Alô? – ele atendeu e caminhou pra longe, para ter privacidade.
H: – Você conseguiu me cansar hoje. – ele comentou se deitando novamente no gramado. – Vai ter revanche, Sara.
S: – Coitado. Sonha! – disse se sentando ao meu lado.
L: – Vamos embora. – Louis disse meio preocupado.
B: – Por que? Ainda nem fizemos o piquenique.
L: – Paul acabou de ligar. Parece que tem uma viagem em uma hora, pra Melbourne.
S: – Ah, que pena! Nem comi.. – disse olhando para a cesta de palha.
H: – Podemos comer no caminho de volta e… Vocês poderiam ir com a gente pra Melbourne. – ele disse com naturalidade.
S: – Você é louco por natureza ou é doença? – disse assustada.
L: – Até que não seria má ideia.
B: – O que?! Ficaram loucos?
H: – Não. Tem lugares pra vocês e não tem que pagar nada. Por nossa conta. – disse sorrindo.
B: – Gente, mas… Sara! O que você acha? – perguntei insegura.
S: – Eu sei que não vou. – respondeu sem preocupação.
B: – Faço das minhas palavras as palavras de Sara.
H: – Ah, qual é? O que é que tem? Vai ser legal e… Talvez sejam só alguns dias. Logo nós traremos vocês de volta.
L: – Vocês podem até voltar antes se quiserem.
S: – Qual é nada! Eu nem falo com vocês direito e acham que vou viajar assim?
H: – Nossa, que desculpa boa, hein, Sara? – debochou.
B: – Sei lá, também concordo com a Sara.
L: – Bia, eu… Realmente queria que você fosse. – ele me olhou carinhosamente.
H: – Digo o mesmo, Sara. – disse a olhando.
S: – Se eu fosse a Bia, aceitava. O Louis lhe pediu cavalheiramente. Agora, Harry… – fez uma careta.
H: – Sara… – Harry sorriu brincalhão e se ajoelhou em sua frente, pegando sua mão. – Estou cavalheiramente lhe pedindo pra ir viajar comigo. Aceita?
B: – Awn. – apertei a mão de Louis.
S: – Se eu disser não, o que você faz?
H: – Eu fico em Londres.
L: O que?!
H: – Eu fico em Londres, ué. – deu de ombros. – E agora, Sara? O show em Melbourne tá dependendo de você. Vai ou não?
S: – Ai Harry, eu só vou por causa das fãs. Apenas. – disse olhando pra mim.
H/L/B: – Aham, sei. – falamos juntos.
S: – Qual é gente? É verdade! – cruzou os braços.
L: – Bia, me ajuda com a cesta? – ele a pegou do chão, me entregando. –  E Harry, vai logo na frente pra abrir o porta mala. – jogou a chave. – Precisamos ir logo, ainda tem as malas pra arrumar.
H: – Tudo bem. Sara, você me ajuda?
S: – Ah, Harry, sério? –  dei me uma cotovelada em Sara. – Ah, ok, vamos logo! – Sara revirou os olhos e foi o acompanhando.
L: – Ansiosa, Bia? – sorriu e chegou perto de mim.
B: – Ah, acho que sim.
L: Hum...aonde que paramos mesmo? Ah, lembrei! – exitou e colocou suavemente a sua mão na minha nuca, me trazendo para mais perto, enquanto a outra estava em minha cintura para ter garantia que eu não iria fugir.

Foi aproximando seus lábios lentamente, até o encostar e dar leves beijos, logo pedindo passagem com sua língua. Não recusei e imediatamente estávamos em uma sintonia. Minha mão também já estava em sua nuca e cada vez ficava mais intenso.

Sara POV

S: – Vamos ver o que Bia e Louis estão fazendo? – perguntei o ajudando a fechar o porta malas.
H: Vamos! – pegou na minha mão e correu comigo até uma árvore próxima deles, onde, a visão era perfeita.

Os dois estavam se beijando, parecendo um típico casal apaixonado.

S: – Eu não estou crendo. – fiquei boquiaberta. Da primeira vez não acreditei e cocei os olhos para ver se era miragem, mas não era. Agora, Louis estava com suas mãos um pouco mais abaixo da cintura dela.
H: – Meu garoto. – falou soltando um sorriso orgulhoso.
S: – Harry! – bati em seu ombro e saí de trás da árvore, chegando mais perto deles.

S: – Cof cof!

Os dois se s separam rapidamente e ficaram me olhando com a expressão de medo.

L: – Hum, é, não era o que estava pensando… – disse nervoso.
S: – Gente  – ri. – Ta tudo bem. Eu vim aqui só pra falar que estou esperando vocês lá no carro.
L: – Ah, ok.

Sai sorrindo e voltei no carro com Harry.

Bia POV

Depois que Harry e Sara voltaram para o carro e me deixou sozinha com Louis, mais uma vez, o clima ficou um pouco estranho. Eu sei lá, só tinha vergonha de olhar pra ele novamente e apenas fomos caminhando lado a lado até o carro, em um silêncio estranho também.

L: – Harry, você podia ir na frente com a Sara agora. O que acha?

Harry deu de ombros e olhou pra Sara, tentando saber o que ela achava da proposta.

S: – Não sei… Porque não podemos ir juntos?
B: – É, por que? – olhei desconfiada pra Louis e logo pra Harry, que já estava rindo de algo que eu não fazia ideia.
L: – Outro carro está vindo pra gente. Não se preocupem, não é nada demais. Eu só quero levar a Bia em um lugar antes.
B: – Que?
H: – Uhum, sei. – Harry ficou sorrindo malicioso e revirei os olhos.
S: – Hum, já estão assim? – riu. – Tudo bem, aproveite Bia! Não são todos que fazem isso. – olhou pra Harry e me deu um abraço, depois em Louis.
B: – Gente, menos! – olhei para outro lado envergonhada.
L: – Ok. Então até o aeroporto. – Louis disse se despedindo de Harry e Sara, enquanto me levava de mão dada para cima do monte novamente. Eu nem fazia ideia de onde íamos.


Harry POV

H: – Então tá, né. – ri olhando Bia e Louis indo em outra direção. Tinha a sensação de que ele ia aprontar algo. – Vem. Primeiro as damas. – disse indo até o outro lado e abrindo a porta do carona.
S: – Eu tenho mãos, já disse. – disse entrando impaciente e fechando a porta com força.

Ok, ela realmente tem sérios problemas com caras que tentam abrir portas. Será que ela tem alguma fobia como o Liam? Tipo, ele é colheres. Será que ela é porta? Interessante. Mas vou continuar fazendo isso sempre, ela não faz ideia de como fica linda irritada.

Coloquei a chave na ignição e pisei levemente no acelerador. O céu já estava começando a escurecer, a noite estava chegando mais rápido do que eu imaginava e nem tinha notado o tempo que ficamos naquele campo.

Liguei o rádio, só pra quebrar um pouco do silêncio. Mas nem uma música que tocava, Sara sequer cantarolava um trecho. Será que eu tinha feito algo?

H: – O gato roubou sua língua? – olhei-a quieta do meu lado.

Ela virou o rosto para a janela, me ignorando, e desligou o rádio.

H: – Hein? Nem rádio você quer ouvir? Sara? Diz alguma coisa, pelo amor de Deus.
S: – Cale a boca. – me olhou séria.
H: – Você vai ter que me aturar uma viagem inteira, Sara. Não adianta me mandar calar a boca. – provoquei-a sorrindo.
S: – Então eu saio do carro.
H: – Ui, tá nervosa?
S: – Porque você é tão chato? – disse abrindo a porta.
H: – Ei! Você não vai querer morrer hoje, né? Nem tente sair desse carro. Já pensou se é atropelada por algum carro? – realmente fiquei sério só de imaginar uma tragédia daquelas. – Eu vou parar, ok?

Ela respirou fundo e fechou a porta.

H: – Sara, você é muito rebelde, sabia? – disse voltando a dirigir com o carro. – É assim com o Zayn também?
S: Se eu sou ou deixo de ser, não é problema seu. E quer saber? Não sou não. Ele é muito mais legal que você.
H: – Ah, é? Tá bom. Sei… – disse ironicamente e logo surgiu um sorriso no rosto. – Vamos ver se você vai dizer isso depois.
S: –  O que esta tentando dizer? E qual é a graça?
H: – Só estou pensando. Ou não posso mais pensar?
S: – Como você é ignorante. – bufou.
H: – É porque eu te amo. – ri me divertindo com a irritação dela.
S: – Podia se tornar ator. – sorriu fraco.
H: – Mas talvez haja um pouco de verdade. – confessei e me calei por ali durante um bom tempo.
S: – Hum, esta um silêncio enorme aqui. Será que tem uma boa música passando? – disse distorcendo o assunto e ligando o rádio.
H: – Pode ligar. Fica a vontade.

Sara foi passando as estações e se sentindo tediada a cada música chata que tocava. Até conseguir sintonizar em uma estação que tocava Duran Duran.

Deu pra ver que ela era apaixonada por eles. Um novo sorriso surgia em seu rosto e ela começava a cantar junto com a música.
Olhei-a de canto e sorri. Era engraçado como ela cantava e incorporava a letra da música. E não demorou muito para eu acabar me entregando ao ritmo também, cantando baixo e acompanhando Sara.

S: – Gosta de Duran Duran? – disse assustada.
H: – Não, mas por você eu até canto. – sorri, lhe fazendo suspirar e desligar o rádio.
S: – Não precisa ser assim, Styles.
H: – Só tentei ser fofo, ok?
S: – Fica a dica: não gosto de meninos fofos e sim românticos e carinhosos. – murmurou.
H: – Bom saber. – sorri satisfeito e voltei a dirigir.

Chegamos no apartamento depois de mais alguns minutos de estrada. Só faltavam uma hora e meia pro embarque.

S: – Então, eu acho que é um “até mais’’. – disse sorridente.
H: – Não mereço um beijinho? – sorri malicioso. Sara se inclinou e beijou minha bochecha.
S: – Satisfeito?
H: – Pensei que você fosse melhor, Sara. – disse a desafiando.
S: – Não sou perfeita. De novo tenho que falar isso. Quando vai se tocar, Styles? – sorriu.
H: – Ai Sarinha, você ainda vai gostar de mim. – disse refletindo alto demais. – Mas eu espero esse dia chegar. Até logo. Ou melhor, até bem daqui a pouco, estou muito ansioso pra viagem. Vai ser divertido, não acha?
S: – Estou começando... Quer saber…  – soltou um longo suspirou e puxou meu rosto até o seu, me dando um selinho. Seu olhar se levantou até o meu e ela sussurrou um Até mais antes de sair.
Fiquei paralisado, apenas olhando Sara.

H: – Até mais. – disse finalmente sorrindo, feito um bobo na verdade, automaticamente.


Sara’s POV

Entrei em casa e fechei a porta, parando ali mesmo. Como eu tinha feito aquilo? E com que coragem?

Sara, se controle menina! Mas tenho que admitir que Styles deve ter um truque para que as garotas “se entreguem’’ a ele.

Tirei meus sapatos e fui direto para meu quarto arrumar minhas malas. Puxa, eu falando assim nem dava para acreditar que iria viajar com os meninos. Talvez seria legal. Ou não.

Tirei todas as minhas peças boas e as coloquei em uma mochila de bom tamanho. Peguei meus perfumes, cremes, jóias, apetrechos, maquiagens e outros. Tudo o que uma mulher precisa!

Em cerca de meia hora estava pronta, apenas esperando Bia dar um sinal de vida ou Harry vir me buscar mesmo.


Harry POV

Dei a partida no carro novamente e eu ainda tentava entender como estava conseguindo dirigir depois daquilo. Ela tinha algo naquele simples selinho que estava me deixando meio que anestesiado. Eu não sei exatamente como era, mas só sabia que precisava de mais.

Apaixonado? Talvez um pouco. Ela tá começando a surtir efeitos longos em mim.
Que se cuide, Malik.

Cheguei em casa e subi até o quarto correndo. Uma hora e meia. É tudo o que eu tenho pra arrumar as malas, checar se todas as janelas da casa estão fechadas (porque se não o Liam me mata depois) e voltar até o bairro vizinho pra buscar a Sara.

Hm, Sara. Vai ser um bom final de semana.


Bia POV

Louis parou com o carro em frente ao apartamento. Tinha sido uma tarde legal e aquela tal surpresa que ele queria fazer, não era nada demais além de querer ficar mais um tempo sozinho comigo.

Eu queria dizer o que já consigo sentir ao lado dele nesse pouco tempo, mas acho que ele ainda não sente mesmo e está mais se divertindo que levando á sério. E ainda tem toda aquela história da ex. A tal Eleanor.

Mal a conheço e já está me deixando frustrada.

– Eu volto logo pra te buscar. Ou talvez Paul venha. É que como todo mundo tá sabendo que nós iremos viajar, você já deve imaginar a loucura que vai estar e os seguranças vão ficar em cima da gente.
– Tudo bem.
– Ok, até logo. – ele disse rapidamente e me deu um selinho antes que eu saísse do carro.

Subi correndo, o elevador não tinha demorado pra minha felicidade. Entrei no apartamento e encontrei Sara terminando de fechar uma mala.

B: – Já?
S: – Bia! Até que enfim! O que rolou entre vocês? – disse com um sorriso no rosto.
B: – Nada demais. – sorri tímida. – Só uns beijos e… Só.  – ri.
S: – Huuuuum. – sorriu maliciosa.
B: – Nem adianta fazer Humm pra mim. Aposto que você e Harry também devem ter voltado muito “animadinhos”. Que cena foi aquela no parque? Você com a blusa DELE!
S: – O que que tem? Ele apenas foi gentil. – disse naturalmente – E é verdade, eu preciso trocar de roupa! – saiu correndo até o quarto.
B: – Aham, sei! – ri e entrei para o meu quarto. Tinha que arrumar algumas coisas, aliás eu não ia só com duas pecinhas de roupa para Melbourne.

Arrumei tudo aquilo necessário em uma mala média. Espero que eles não demorem a voltar e que ninguém daquela produção se incomode com a nossa presença.

B: – Sara! Eu já terminei.
S: – Também! – ela apareceu arrumada (3) no corredor.
S: – Então, gostou?
B: – Acho que é hoje que morre dois integrantes da boyband britância. – sorri. – Tá um arraso!
S: – Ai Bia… – riu – Olha quem fala, não é? Louis não sabe a sorte que tem. Você está linda. (4)
B: – Sorte? – ri. – Ele tem um monte de meninas aos pés dele. Eu é quem tenho sorte de poder ter algum contato com ele.
S: – Sabemos que não! – ri – Ok, estamos lindas e prontas. Cadê eles? – disse impaciente.

Não demorou nem dois segundos e um carro buzinou lá fora. Olhei pela janela e era o carro do Harry.

B: – Seu namorado que veio buscar. – ri e peguei minha mala.
S: – Não acredito! – exitou. – Porque o Logan veio aqui?
B: – Se nada der certo, você pode virar humorista. Agora vamos. – abri a porta e saí com a mala pendurada no braço. A rodinha não estava muito legal -_–

Descemos pelo elevador e logo saímos no térreo do edifício. Harry saiu do carro para nos ajudar.

H: – Gostei da roupa, Sara. – ele disse sorrindo. – Especialmente da blusa.
S: – Valeu. – sorriu.

Entramos no carro e Harry partiu em silêncio em direção ao aeroporto. Tinha um clima diferente ali, ele estava encarando Sara de um jeito bem misterioso durante o caminho.
Chegamos ao aeroporto depois de um frustrante engarrafamento. Algumas garotas pediam pra tirar foto com o Harry, enquanto eu e Sara apenas íamos andando em direção ao portão 6 de embarque, sem dar muita bandeira para as fãs.

Z: – Sara? – ele a olhou surpreso.
S: – Oi. – ela disse um pouco tímida.
Z: – Então vocês duas eram a tal surpresa que iriam com a gente na viagem e que tanto Harry e Louis ficaram dizendo?

Eu e Sara nos entreolhamos sem entender aquele história, mas concordamos assim mesmo.

Z: – Que bom. – ele sorriu olhando diretamente pra Sara.
N: – Vai ser um bom e animado fim de semana. – Niall disse de um jeito malicioso encarando Zayn, Sara e Harry, que acabara de chegar.
B: – Uhum. Concordo Niall! – sorri e também olhei os três.

Com certeza será um fim de semana beem “animado”.

S: – Se vocês levaram nesse sentido, pode saber que não. – ri.







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